domingo, 26 de fevereiro de 2012

Google

Como é possível uma empresa que começou do trabalho de 2 alunos de doutorado em um garagem se tornar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Além de conquistar em pouquíssimo tempo o inconsciente das pessoas, sendo sinônimo de busca de informação e uma marca extremamente poderosa.

Chega a assustar a influência que o Google adquiriu no cotidiano das pessoas. Inicialmente começou com um poderoso motor de busca que botou os concorrentes em segundo plano, passando a ser a principal fonte de informação, já que toda busca por informação começa em um buscador quando não se sabe aonde a informação está. Depois surgiu o serviço de email Gmail, os aplicativos, o google maps, o tradutor e toda uma cadeia de serviços de internet que fazem parte do dia a dia das pessoas. 

A empresa seguiu a tendência de realizar diversas aquisições. Na internet se tornou dona da rede social Orkut, a rede de blogs do Blogger, o famoso site de vídeos Youtube, dentre outros. Mas o Google não ficou só na internet, entrando de cabeça no mercado de telefones portáteis, softwares, mapeamento via satélite e terrestre e etc.

Mas até onde o Google irá em sua saga pelo domínio da tecnologia e presença em toda cadeia de informação e comunicação? 

Soube recentemente que a empresa está ampliando ainda mais seus ramos de atuação. Em outubro de 2010 começou a desenvolver uma tecnologia que permite veículos terem autonomia, de forma que consigam dirigir por si sós, sem a interferência do condutor.

“Nossos carros automatizados usam câmeras de vídeo, sensores por radar e um telêmetro por laser para ‘ver’ o tráfego, assim como mapas detalhados para navegar pelas estradas”, escreveu o engenheiro de software Sebastian Thrun.

Claro que a tecnologia é nova e ainda precisa de ajustes. Mas nos leva a questão da onde o Google quer chegar..Será que eles querem dominar o mundo e se tornarem o Big Brother que vê tudo? Só o futuro dirá!

Segue um video da vista interna do carro em operação!

Leito Fluidizado

Voltando a vida após difíceis semanas de trabalhos, provas e pouquíssimo tempo, trago ao Entropia Livre uma dica de site muito interessante para quem está interessado em aprender mais sobre Leitos Fluidizados. Basta acessar o endereço  http://www.fluidizacao.com.br/.

O site faz parte de um projeto coordenado pela Professora Dra. Kátia Tannous e realizado por diversos alunos de Iniciação Científica da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp desde 2002.

Para quem ainda não está familiarizado com o termo "fluidização", trata-se de uma operação unitária na qual particulas sólidas são suspensas através de uma corrente de fluido (gás ou líquido). Dessa forma, na vazão de fluido correta consegue-se um efeito sobre as partículas que é muito interessante para alguns processos, podendo melhorar a eficiência de mistura e proporcionando também um maior contato superficial entre sólido e fluido, favorecendo a transferência de massa e calorEste tipo de leito é comumente  utilizado para realizar reações envolvendo partículas sólidas, secagem, dentre outros.

Deve-se escolher a vazão de fluído adequada dependendo do que se deseja. Se a vazão for muito baixa
as partículas podem chegar a não ficar em suspensão, apenas sendo percoladas pelo fluído como em um leito fixo. Atingindo-se o que se chama de velocidade de mínima fluidização o leito começa a trabalhar fluidizando os sólidos, ou seja, suspendendo as partículas sólidas, porém se a vazão for muito acima da ideal pode haver arraste de partículas para fora do leito.
Fases da Fluidização
No gráfico ao lado podemos identificar os diversos comportamentos do leito em função da vazão de fluído:

Região I : Leito fixo ou estático
Região II : Leito em expansão.
Região III :  Leito em "Ebulição" ou fluidização em batelada. Perda de carga constante.
Região IV :Fluidização contínua ou em fase diluída.  Ocorre o arraste das partículas.                    
                    


No ponto C, temos o ponto de mínima fluidização, ou seja, se a velocidade do fluído aumentar mais um pouco os sólidos começam a fluidizar, diminuindo consideravelmente o contato entre as partículas. Nesse ponto ocorre o equilíbiro de forças entre o peso aparente e o empuxo. A partir do ponto D pode-se considerar o leito como fluidizado, tendo como característica a perda de carga constante nesse regime. Aumentando-se ainda mais a vazão começa ocorrer o arraste das partículas sólidas. 

Essa é uma breve descrição sobre essa importante operação unitária, em breve postarei mais sobre o projeto desse e de outros equipamentos utilizados em Engenharia Química. Para quem anseia por mais informações, fica a dia do site http://www.fluidizacao.com.br/.  e um video que mostra esta operação unitária.



Carros Elétricos

 O futuro chegou! Parecia que a era dos Jetsons nunca chegaria, mas pelo menos no que trata-se de carros movidos a eletricidade podemos dizer que agora é a hora! Pode ser difícil acreditar que as grandes montadoras e principalmente as empresas produtoras de petróleo permitam o desenvolvimento desta tecnologia. Porém o paradigma está mudando e diversos protótipos tem saído do papel, disputando uma vaguinha no competitivo mercado automotivo.  Por mais que essa seja uma tarefa árdua, através do incentivo de alguns países, já existem modelos de veículos elétricos que conseguiram espaço e força através da forte causa ambiental.


De fato, falar sobre carros elétricos hoje é uma tarefa extremamente difícil, já que uma infinidade de materiais tem surgido junto com uma variedade de projetos e concepções. Mas, procurarei dar uma visão geral sobre os principais projetos e modelos já prontos no mundo hoje, mostrando que os carros elétricos vieram e querem ficar!

Inicialmente vamos dividir os modelos em 3 tipos principais de plataformas tecnológicas: híbridos, células a combustível  e puramente com baterias. Essas plataformas se referem a forma como a corrente elétrica é gerada e armazenada para atuação no motor elétrico que faz o veículo andar.

Híbridos
Nesta classe de veículos, ainda há participação do motor a combustão, porém este exerce uma função interna, sendo responsável pela partida e recarga das baterias através de um gerador acoplado. No entanto o movimento do veículo é principalmente através de um motor elétrico. Alguns modelos utilizam os dois motores (elétrico e combustão) para uma melhor eficiência do veículo. O sistema chega a prover uma redução de 50% das emissões de COe uma economia de combustível realmente significante.

Puramente com baterias 
Nesta plataforma o veículo é alimentado através de um conjunto de baterias que podem ser recarregadas através da rede elétrica ou outra fonte externa, além de recuperarem parte da energia através de um sistema de frenagem diferenciado, que aproveita a energia cinética do veículo para conversão em energia elétrica.

Células a combustível
Nesta tipo de tecnologia a energia elétrica é gerada através de células eletro-químicas que convertem a energia de ligação de algumas substâncias em eletricidade através de processos eletro-químicos. Geralmente para este tipo de processo se utiliza gás hidrogênio como combustível para reação. A transformação é limpa e pode se tornar uma importante forma de geração de energia elétrica no futuro.

Os modelos que mais tem se mostrado economicamente viáveis são os os híbridos, sendo já realidade em alguns países, como é o caso por exemplo do Toyota Prius, comercializado desde 1997 no Japão e ganhando uma série de outros países ao longo dos anos, além desse modelo os híbridos Ford Fusion Hybrid (previsão de lançamento em novembro no Brasil), Honda Insight e Chevrolet Volt também estão presentes no mercado mundial de carros elétricos. 



Atualmente modelos utilizando a plataforma puramente baseada em baterias (100% elétrico) tem lutado contra barreiras tributárias para se tornar economicamente viáveis e serem aceitos no mercado. Como é o caso do Nissan Leaf, que deve chegar ao mercado brasileiro com um preço nada competitivo, já que infelizmente o governo não tem tomado medidas de incentivo a estas tecnologias verdes. Nessa mesma linha temos também o Renault Fluence Z.E e o Novo Ford Focus Eletric. 




Já as iniciativas baseadas em células a combustíveis mostram excelentes resultados, porém são freados devido a barreira tenológica para produção do gás hidrogênio, inviabilizando economicamente a tecnologia por enquanto. Porém alguns protótipos tem ajudado a desenvolver e dominar a tecnologia de forma segura e eficiente, havendo testes em escala piloto. Como por exemplo a substituição de uma pequena frota de ônibus a combustão por ônibus a hidrogênio em algumas cidades como São Paulo e Porto (Portugal).

Acredito que nos próximos anos veremos muitos modelos de novos carros elétricos e a inserção de pequenas frotas empresariais destes veículos para um fortalecimento da imagem de responsabilidade ambiental. Porém é necessário que os governos comecem a pensar, se interessar e agir buscando incentivos ao veículo elétrico. Mudanças na legislação, tributos e infra-estrutura são necessárias para suprir a nova demanda decorrente da implementação em larga escala dessa tecnologia. Essa indisposição dos governantes mostra claramente a influência das petroquímicas e da estratégia do etanol brasileiro. No entanto é necessário uma visão mais ampla e futurística, para que o Brasil não fique mais uma vez atrás, seguindo a contramão do desenvolvimento tecnológico mundial e consiga se consolidar como um país que pensa na preservação ambiental.

FONTES : ¹ABVE - Associação brasileira de veículos elétricos ;   ² Eco4planet   


Redes Profissionais Sociais

Este post é inspirado nessa época tão difícil de final de ano, os que estão se formando vão me entender, já que é tempo de definições e de indefinições sobre o futuro profissional que iremos tomar. Neste contexto, enquanto a luta pela vaga ideal não termina, comecei a perceber como o modelo de captação de profissionais tem mudado.


Os desafios não são só para os novos profissionais, mas também para as empresas que buscam talentos para seus quadros de funcionários. A quantidade de oportunidades não é baixa, o difícil é casar o perfil do candidato com a vaga e reter o talento na companhia. 

Para os candidatos, o desafio começa no rastreamento das oportunidades, feito geralmente nos sites das principais empresas de recrutamento. Após a inscrição e o preenchimento de diversas perguntas só resta esperar para passar nos filtros computacionais de  análise de currículo e conseguir chegar até as fases finais dos processos de admissão para mostrar o que tem de melhor. 

Mas acreditem, não é apenas deste modo que as empresas estão buscando seus profissionais. O famoso QI (quem indica) também já não é suficiente, para isto o uso da internet para este fim tem se intensificado com as redes sociais. Em particular, pode-se citar para este fim, a bem sucedida rede de relacionamento Linked'in, lançada em 2003, a qual alcança hoje algo em torno de 6 milhões de usuários. 

Realmente não acreditava no poder dessa rede social profissional, mas através do exemplo de uma amiga, comecei a perceber sua importância e o reflexo na visibilidade profissional. Ela colocou um currículo bem montado no perfil e adicionou pessoas chaves ligadas a oportunidades profissionais de seu interesse, como resultado teve um desempenho de visitação surpreendente, contando com  visitas de empresas recrutadoras e empresas buscando profissionais para vagas.

Esse pequeno exemplo mostra que as áreas de recursos humanos de diversas empresas, publicam vagas e buscam profissionais na rede. A busca se dá principalmente em perfis completos, que permitam ao recrutador conhecer seu currículo. Um fator importante é a sua rede de contatos, que são a base para o ranking de busca, importando muito mais a qualidade e não a quantidade de contatos. 

Linked'in não só ajuda os profissionais a se encontrarem disponibilizando espaço para oportunidades, ele vai além, oferecendo um excelente agregador de textos e excelentes conteúdos postados pelos usuários, instituições e empresas presentes na rede.

Outras redes de relacionamento profissional tem surgido como o Via6 e alguns aplicativos, como o BeKnown e o BranchOut presentes no Facebook 

O desafio agora está maior. Além de ter boas experiências e conhecimentos para expor aos entrevistadores, a presença nas redes sociais também é monitorada e avaliada. Hoje, exige-se profissionais que busquem aprimoramento pessoal, estudem e que saibam se relacionar pessoalmente e na internet.

Veja algumas dicas de como manter seu rede profissional aqui.


Ocupado X Produtivo: Aprendendo a gerir o tempo


"Mesmo apagar incêndios pode ser feito sem desespero". Essa frase é a legenda da imagem acima e foi retirada do site de empreendedorismo Saia do Lugar em uma matéria sobre as diferenças entre as pessoas ocupadas e as pessoas produtivas. Os autores acertaram na imagem e na frase para descrever estes dois tipos de comportamento.

Ser ocupado ou ser produtivo. Este é o princípio básico de quem quer aprender a gerir melhor o tempo. Digo isso por experiência própria, porque eu já disse a mim mesmo várias vezes a famosa frase: "não tenho tempo para nada". O que é uma grande mentira que dizemos a nós mesmos para justificar que somos ocupados para fazer outra coisa. Calma, não estou dizendo que é possível fazer tudo em 24h, mas que se analisarmos a forma como ocupamos nosso tempo durante o dia veremos que poderíamos ter administrado estas 24 horas de forma mais eficiente.

Por exemplo, a clássica olhadinha nos emails ou no Facebook de 5 em 5 min. Isto é realmente necessário? Fora o tempo gasto visualizando os emails, você perde sua atenção no que estava fazendo, gastando mais tempo para retomar o rumo da atividade. Eu elencaria como a 1ª regra da gestão do tempo o foco no que propomos a fazer, atividade a atividade. Dessa forma será mais fácil predizer quanto tempo gasta-se com cada atividade e ela será feita bem mais rapidamente. Até para a olhadinha no e-mail devemos estabelecer a hora correta de fazer isto, um ou dois períodos no dia que você se dedique somente para olhar e responder os emails.

Outra dica essencial é o planejamento. Muitos pensam que planejar é uma perda de tempo, mas ele ajuda a ganhar tempo e ter noção do que você consegue fazer em um determinado tempo. Porém, é necessário ser realista nos prazos. O ideal é que faça uma lista de tudo o que precisa fazer e organize em prioridades e tempo de execução, assim fica mais fácil de alocar as atividades no nosso dia a dia.

Se você quer ser uma pessoa produtiva quando executar uma tarefa lembre-se de planejar, ter foco e não se distrair com eventos desnecessários que ocorrem a volta. Caso contrário há o risco de cair na Lei de Parkinson, a qual diz que temos a tendência de ocupar o tempo total designado para uma tarefa realizando-a, independente se este prazo for curto ou mais que suficiente, enquanto que o melhor seria ser produtivo e termina-la o quanto antes.

Se pudesse resumir algumas dicas seriam:

 1º     Tenha foco no que se propôs a fazer e não se distraia com emails e eventos desnecessários a sua volta.

 2ª    Planeje suas atividades priorizando-as e considerando o tempo de execução, inclua também o seu tempo de descanso. Afinal, estar bem para realizar a tarefa fará com que realize-a mais rápido e com melhor qualidade.

3ª    Pense sempre em uma forma de fazer diferente as atividades designadas, nem sempre o método empregado é o mais eficiente e você pode otimiza-lo.

Espero que as dicas tenham sido úteis! Se tiverem mais dicas, mandem comentários!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Teste

Este será a primeira de uma série de postagens especiais sobre grandes impactos que o Homem causou no planeta. Lembro a importância do tema para os Engenheiros Químicos, já que uma imensa parte dos impactos advêm de produtos industriais. Para inaugurar está série, o objeto de estudo foram os grandes conglomerados de lixo existentes no oceano, nos quais os resíduos flutuam e se concentram em algumas áreas específicas do oceano.

O lixo, principalmente plástico, advindo do consumo em massa da população mundial viaja pelo planeta e chega aos mares. Estima-se que aproximadamente 10% de toda a produção anual de plásticos chega nos oceanos, a maior parte (80% a 90%) é carregada pelas chuvas e rios de fontes em terra, como aterros sanitários e descarte direto em mananciais e no litoral.